5º capítulo - Ele era apenas meu...


5º CAPÍTULO.

Podemos dizer que a noite foi longa! Acordei no outro dia, cansada. Percebi que o braço de Fê estava apoiado em minha cintura, e ele dormia como um anjo, uma carinha de inocente... Não dá pra imaginar que era a mesma pessoa de ontem. Fiquei ali recordando os acontecimentos da noite que passei com o Fê, até que me liguei que tinha aula. Me virei pro Felipe e tentei acordar com beijinhos e algumas mordidas. 
Bru: Bom dia! - Fê acordou e já foi me puxando pra cima dele, ficamos trocamos alguns beijos - Fê, temos aula ainda, levanta! 
Ele continuava me beijando, e ignorando o que eu dizia. 
Bru: Fê! Não faz isso comigo, é sério. Daqui à meia hora temos que estar na escola. 
Ele apenas riu e se levantou na maior preguiça do mundo. Foi para seu quarto tomar banho e se arrumar. E fui fazer o mesmo; coloquei meu uniforme e logo já estava na cozinha preparando alguns sanduíches para nós.
Felipe: Demorei, mas cheguei. - Sentou-se para comer seu sanduíche.
Bru: Até que enfim, pensei que tinha morrido no banho dos deuses. -Eu ri, comemos os sanduíches peguei a mochila e quando eu ia saindo pela porta ele me agarrou e me beijou, acabei desgrudando dele e fomos pra escola.

Na escola...
Quando cheguei logo vi o Diego, ele já veio em minha direção na intenção de receber um beijo, mas não aconteceu, eu não deixei, eu sabia que o Fê estaria de olho em nós.
Olhei pra trás e Felipe não estava mais ali. Fui andando até minha sala, e já fui entrando na rodinha de conversa das minhas amigas. 
Ju: Bru - Me deu um beijo na bochecha.
Bru: Oi, minha gata. 
Depois de um minuto Diego entra na sala, e a aula toda ele não parava de me olhar tentando entender minha expressão e o modo que agi ontem e hoje. Assim que bateu o sinal do intervalo eu sabia que ele viria até mim para nós conversarmos. 
Ju e Ana: Bru, vamos?
Bru: Vai indo enquanto eu arrumo minhas coisas aqui. – pisquei.
Ju e Ana: Ok.

Diego esperou elas saírem da sala e veio até mim.
Diego: O que houve Bru? -me olhando.
Bru: Nada Di - Abaixei a cabeça.
Diego: Você tem certeza? Você esta bem? - Segurou o meu rosto e o levantou num gesto carinhoso. 
Bru: Absoluta. Estou ótima Di. – O olhei e apenas sorri. 
Ele se aproximou, passou as mãos pela minha cintura e pressionou seu corpo contra o meu, e sem que eu pudesse reagir, me beijou. O beijo dele era doce, porém tinha um toque de ''selvageria'' Nós não poderiamos ficar ali, até porque qualquer um poderia nos ver. Me afastei daquele maravilhoso corpo, ele me puxou novamente prendendo meu braço na parede da sala. Nosso beijo foi encerrado com alguns selinhos, e Diego só me observava. 
Bru: Agora eu preciso ir, as meninas estão me esperando. - Avisei enquanto me soltava de Diego.

Diego compreendeu e me deu um último selinho. Eu fui andando pela escola à procura de Ju e Ana. Caminhei até uma grade que tinha atrás do colégio na esperança das meninas estarem lá, percebi que alguém estava me seguindo. "Diego de novo, que merda!". Pensei. Virei para perguntar o porquê dele estar me seguindo e fui supreendida com o rosto de Fê colado ao meu, me assustei, senti aquele hálito delicoso e um frio na barriga. E por fim, uma felicidade imensa em vê-lo.
Felipe: Nossa sou tão feio assim?
Bru: Claro que não, bobo. – Eu ri. 
Felipe veio logo me cumprimentar com um selinho. Ficamos abraçados ali, encostados na grade, trocando beijos e carinhos durante rápidos cinco minutos. Parecíamos um casal apaixonado...
Felipe: Bru, tu escutou algum barulho? 
Bru: Não. - Sussurrei na intenção de que apenas ele ouvisse. 
Ficou um breve silêncio, até que eu ouvi o tal barulho, parecia ser alguém se aproximando. 
Felipe: Alguém esta vindo, acho melhor eu ir. - Ele disse no meu ouvido.
Fê me deu um rápido beijo e foi saindo. Eu fiquei alguns minutos pra que ninguém percebesse algo. Enquanto eu o observava, vi Bia indo em sua direção e o gritando com aquela voz mais irritante do mundo!
Bia: AMOOOOOOR! Tô te procurando há um tempão, onde é que você estava gatinho? - Colocou os braços ao redor do corpo de Fê que, até a noite anterior me pertencia. 
Felipe: Eu estava por aí, Bia. Por aí. - Disse sem muita assistência.
Bia: Porque você está tão frio comigo? Ontem saiu do cinema estranho, não recebi nem um beijinho de despedida.
Felipe: Desculpe, tá? Eu estava com uma dor de cabeça. - Deu um selinho nela.
Bia: Claro que eu te desculpo, meu amor. Agora vamos lá até os meninos. - E saiu o puxando como se fosse sua dona.
Depois de ter presenciado às escondidas aquela cena patética, eu acabei saindo de lá sem que ninguém visse e voltei a procura de Ju e Ana. As achei no pátio e corri até junto a elas.
Bru: Porra, onde vocês estavam, cara? 
Ana: Fomos na cantina e ficamos aqui. E você, porque saiu de trás do colégio? – Perguntou enquanto me olhava com uma carinha, tipo "Tava aprontando, não é?"
Bru: Ahh! Longa história, depois eu conto tudo á vocês. - Pisquei enquanto ria, e Ju e Ana entraram na brincadeira.
Ju: Aquela idiota da Bia parece que nunca teve um namorado. Vive grudada no Felipe! - Quando ela disse NAMORADO eu juro que senti uma pontada de ciúmes, mas relaxei, de qualquer maneira eu sabia que poderia tê-lo quando e onde quisesse.
Bru: É. - Respondi. 
Ana: Eita Bru, você esta meio distante hein - As duas deram uma risada. E eu apenas neguei com a cabeça, e sorri. 
Fomos andando em direção à sala assim que ouvimos o sinal tocar. Durante a aula só pensei em uma única coisa e em uma única pessoa: Felipe, e a nossa noite de ontem... A aula passou bem depressa, mas logo fui interrompida entre meus pensamentos. 
Ju: Brunaaaa! – Disse, enquanto estalava os dedos na minha frente. 
Bru: Ah, oi, oi. A aula já acabou? - Arrumava minhas coisas enquanto tentava despachar meus pensamentos bobos.
Ju: Há muito tempo! Levanta, vamos embora. 
Eu me levantei e logo saímos da sala, a escola estava quase totalmente vazia, o que restava era nós três, alguns alunos zoando na frente da escola e os faxineiros. Enquanto estávamos caminhando:
Ana: Bruuu, conta agora?
Bru: Contar o que?
Ju: O porquê saiu de trás da escola?
Ana: Sem mentir queremos saber de tudo! 
Bru: Ah, ta né.. - Contei que ontem havia transado com o Felipe, e não me esqueci de mencionar o fato de que nós éramos primos.
Ana: Putz, e foi bom?
Ju: Ainda duvida Ana? -ela riu - Vamos combinar, né, o Felipe é muito gostoso, até eu daria pra ele! - Falou sem vergonha nenhuma, o que me fez rir. 
Ana: Mas responde minha pergunta, Bru.. foi bom, ou não? - Perguntou ansiosa.
Bru: Não tenham duvidas, meninas, foi realmente ótimo, bem melhor do que eu esperava! - Pera aí, aquilo que disse só confirmou pra mim mesma que eu esperava ficar com Felipe, será que espero algo mais?
Chegamos em frente há minha casa, me despedi das meninas dando um beijinho no rosto de cada uma delas. Entrei em casa, fui à sala e reparei que tinha alguns filmes na mesa de centro, olhei pra TV e um filme estava pausado. Fui até meu quarto deixar minha mochila e tirar o uniforme, mas, assim que abri a porta...
Felipe: Demorou hein! - Disse enquanto se levantava. 
Bru: Eu também acho. - Sorri e joguei minha mochila sobre a poltrona do quarto. 
Felipe: Tipo, antes de chegar em casa, passei numa locadora e aluguei alguns filmes pra nós assistir, cê topa? 
Bru: O que eu recebo depois?
Felipe: Tudo que você quiser, mas antes... - Ele não me deu a chance de uma resposta, segurou meu rosto e me roubou um beijo, suas mãos percorria o tecido da minha blusa. Eu queria que ele continuasse e fosse mais além, mas parou. Droga! Ele queria me deixar louca, óbvio. - Depois a recompensa!
Felipe foi me guiando até a sala, ele se jogou no sofá e eu deitei, apoiando minha cabeça em sua coxa. Ele me fazia carinho, mexia nos fios de meus cabelos com o maior cuidado enquanto assistíamos ao filme. Mas, essa carícia toda não me fazia esquecer a tal recompensa. O filme já estava pela metade, quando me levantei, peguei o controle da TV e pausei. 
Bru: Pra que esperar o filme acabar? Ainda nos resta duas horas de privacidade.
Felipe: Eu só queria provocar você amor. – Ele ria por ter ganhado o seu joguinho. Felipe foi logo tirando a camisinha de um lugar que eu nem percebi.
Bru: Nossa, só anda bem armado hein - Eu ri.

Felipe ia se deitando sobre meu corpo, apertava minha cintura e acariciava minhas costas. Ele tinha uma pegada que me arrancava suspiros a todo momento. Finalmente nós já estávamos sem roupa, eu queria beijá-lo a todo instante, suas mãos eram ágeis, apertava meus seios e por vez mordiscava. Fui arranhando todo seu corpo, principalmente a lateral de sua barriga e suas costas, o melhor de tudo, era ver sua cara de excitação e o sorriso safado que ele tinha. E que sorriso...
Eu pedia mais! A uma hora destas eu nem me preocupava se minha tia Márcia estaria prestes a chegar, eu só queria senti-lo em mim. Agora eu estava por cima, Fê estava agarrado em minha bunda enquanto eu tomava conta dos movimentos. Deixava seu corpo marcado com mordidas, arranhões e chupões, queria mostrar quem é que manda, e dizer que ele era meu. Parecia que eu não estava tímida como na primeira vez em que ficamos. Felipe entrelaçava seus dedos entre meus cabelos e roçava seus lábios em meu pescoço, e me auxiliava nos movimentos, e eu apenas sussurrava algumas besteiras e gemia ao pé de seu ouvido. Até que gozamos juntos. Ele me beijou, um beijo selvagem, porém um tanto quanto carinhoso. O gosto do seu beijo era uma maravilha, eu poderia ficar ali por horas. Fê tinha um jeito todo 'ogro' e marrento, mas sabia ser carinhoso e principalmente, sabia como tratar bem uma mulher.
Juntei minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão da sala, e Fê fazia o mesmo. Antes que eu subisse um degrau da escada, ele me beijou, grudou o meu corpo no dele e apertou minha bunda, apenas ri com o seu jeito safado. O mandei parar e seguir para seu quarto antes que a tia chegasse, se ela nos visse, puta merda, não quero nem pensar nisso... 
Entrei em meu quarto enquanto Felipe o dirigia para o dele. Tomei um banho demorado e fiquei pensando o que estava acontecendo nesses últimos dias; eu sabia que aquilo que estava fazendo não era o certo, o Felipe era meu primo! Tinha o mesmo sangue que o meu. 
"Mas eu gosto dele" - Sussurrei. Sentia as gotas de água quente caindo sobre meu corpo, o que me deixava relaxada. Decidi que não valeria a pena ficar pensando nisso, e sim aproveitar o momento, aproveitar nós dois. Eu tinha a plena consciência de que as consequências estariam por vir. E eu as assumiria.
Saí do banho, vesti um short jeans colado, um top e desci pra preparar algo para comermos antes que minha tia chegasse. Enquanto eu estava cozinhando senti as mãos de Felipe envolver em minha cintura e seu cabelo molhado pingando em meu ombro.
Felipe: Não seria uma má ideia ver essa delícia toda cozinhando pra mim com esse short curto todos os dias - Eu apenas ri, e fiquei arrepiada com a mordida que ele depositou em meu ombro. Fiquei ali terminando o almoço, ou quase janta, enquanto observava Fê indo para sala e se estirar no sofá. Me servi com macarrão com queijo e me sentei. 
Bru: Fê, já está na mesa! -eu gritei.
Felipe: Tô sem fome. 

Seu celular tocava sem parar, ele atendeu e disse algumas palavras que eu não consegui compreender. Se levantou enquanto vestia a camisa que estava no sofá. 

Bru: Aonde vai? - Perguntei. 
Felipe: Vou da uma volta amor, daqui a pouco tô ai. - E saiu.
Fiquei plantada ali. Terminei de comer, e dei um jeito na cozinha pra minha tia não ter o que se queixar. 
Acordei no sofá da sala, e percebi que minha tinha já havia chegado e estava sentada no sofá, parecia pensativa. 
Marcia: Oi, querida.
Bru: Oi tia.
Marcia: Como foi essa noite sem mim em casa?
Bru: Ah, foi ótima tia, a senhora nem imagina o quanto! - Senti vontade de rir, mas me controlei, não queria passar a impressão errada a minha tia. 
Marcia: Enfim, cadê o Felipe?
Bru: A tia, ele saiu já faz algum tempinho. - Ela só deu um sorriso.
Fiquei com minha tia vendo um programa de TV nada interessante, até que ouvi a porta abrir e era o Fê, todo suado, uma delícia k. Ele passou pela sala e beijou o topo da cabeça de sua mãe e piscou pra mim, e eu retribui com um sorriso.
Felipe: E aê, mãe. 
Marcia: Oi meu filho, vá direto tomar um banho. - Ela fez uma cara de nojo ao ver o Felipe naquele estado, e rimos da careta que fez. 
Felipe: É o que eu estou indo fazer. 
E em um breve momento Felipe havia sumido no corredor, voltei ao tédio que estava aquele programa de TV, então, resolvi dar um rolê, tomar um sorvete, dar uma volta na praia, sei lá. Tudo pra acabar com o tédio consumidor.
Bru: Tia, vou tomar um sorvete. Prometo voltar pra janta, tá? - Me despedi com um beijo em sua bochecha. 
Márcia: Tudo bem, meu amor. Mas não volte tarde e tenha juízo!
Apenas ri com o modo como me tratava, era igualzinha sua irmã, minha mãe. Calcei meus chinelos e saí de casa. 
Assim que fechei a porta, Felipe descia os últimos degraus do lance de escada. 
Felipe: Onde é que a Bruna vai?
Marcia: Foi tomar um sorvete, amor. 
Felipe: Ah, espero que não tenha ido encontrar o Diego. - Disse quase como um sussurro. 
Marcia: O que você disse? - Ela o olhou. 
Felipe: Ah, eu, eu, eu perguntei como foi a saidinha com suas amigas. 
Marcia: Foi ótimo, me diverti bastante, várias risadas com as velhas amigas. - Ela sorria relembrando da noite anterior. 
Felipe: Pô, que bom, véia! Mas ein, tô cheio de fome. - Disse enquanto cutucava a barriga, feito criança. 
Marcia: Quer que eu faça algo pra ti comer? 
Felipe: Não, pode deixar que eu me viro dona Márcia. - Rindo enquanto já se dirigia pra cozinha, até que foi interrompido pelo interrogatório. 
Marcia: Onde é que o senhor estava? E por que estava imundo daquele jeito? 
Felipe: Relaxa mãe, eu tava jogando bola com os moleques...

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