8º capítulo - Ele era apenas meu...


8º CAPÍTULO

Estava um belo dia, o Sol invadia o quarto de Bruna atráves das vidraças, depois de enrolar durante alguns minutos na cama resolve se levantar. Seu cabelo estava todo desajeitado.
Bru: Nossa uma bruxa se apossou do meu corpinho. - Ela riu da sua própria brincadeira, foi no banheiro fez sua higiene e logo voltou pro quarto, trocou de roupa, agora estava vestida com um short verde e uma blusinha rosa bebê. Lá do seu quarto já era possível sentir o cheiro da comida que a tia Márcia estava preparando, assim, desceu rapidamente as escadas e em poucos segundos já estava na cozinha. Avistou uma blusa amarela jogada no balcão, certamente era de Felipe, ela chegou perto, pegou a blusa e cheirou, e deu um longo suspiro, o cheiro do perfume de Fê era inconfundivel. 
Bru: Nossa, ele sabe ser cheiroso! - Ela disse baixo, na intenção de que apenas ela ouvisse. 
Márcia: O que você disse querida?
Bru: Nada tia só pensei alto. – Ela sorriu, ela então largou a blusa e se sentou na mesa. 
Marcia: Está com fome? 
Bru: Muita tia, estou parecendo uma leoa faminta atrás de sua caça. 

Marcia: Nossa! Já esta quase pronta as panquecas.
Bruna se se sentou à mesa e a Márcia serviu o seu prato. 
Bru: Obrigada, tia! O cheiro está ótimo. - E começou a comer, sua tia também se sentou ao lado de Bruna e começou a comer.
Marcia: Vai fazer o que hoje meu bem? – Falou enquanto comia.
Bru: De dia nada tia, só a noite que um menino vai vir aqui.
Marcia: Namorado?
Bru: Talvez, tia. Talvez... - Assim que acabou de comer, se levantou para que a tia Márcia não desse continuidade no assunto, lavou seu prato e o restante da louça que havia na pia. Caminhou até a porta da sala e ficou observando o movimento da rua durante algum tempo. Felipe estava descendo as escadas, chegou na cozinha e viu sua mãe. 
Felipe: Mãe me dar uma remédio pra dor? - Perguntou com uma voz rouca, andou até a geladeira e bebeu três copos d'água de uma vez. 

Marcia: Dor? - Ela ficou observando-o. 
Felipe: É mãe, dor de cabeça! 
Marcia: Viu? Quem manda encher a cara? - Falou enquanto pegava o remédio numa caixinha, logo entregou para ele e foi arrumar um pouco a casa. 

Felipe tomou o rémedio e foi para a sala, viu Bru encostada no batente da porta e caminhou em sua direção, sua mão direita pressionou o corpo de Bruna contra o dele. Ela tentou se desgrudar. 
Felipe: Pensando em mim amor? - Ele disse enquanto beijava o pescoço dela rapidamente. 
Bru: Não, estou pensando em uma coisa muito melhor que você. 

Felipe: Eu e você agarradinhos no maior fervo no quarto? - Ele sorriu.
Bru: Enganado, todos os meus pensamentos estão voltandos á Diego. - A cabeça de Felipe doeu ainda mais com o que ouviu e a olhou com cara de nojo, e Bruna se controlava ao máximo para não rir. 

Depois desse toco, ele foi para sala e se estirou em um sofá e decidiu dormir na tentativa da dormir passar mais rápido. Bruna o acompanhou, mas sentou em outro sofá para assistir televisão. Sua tia estava vindo atrás, falava ao telefone.


Eu estava observando o Fê dormindo, era muito mais lindo, parecia um anjo. Logo voltei a realidade quando ouvi a voz da minha tia. 
Márcia: Bruna, marquei um programinha com umas amigas. - Ela disse enquanto sentava do meu lado.
Bru: Pra onde tia?
Márcia: Casa de praia de uma amiga minha. 
Bru: Poxa, que legal hein, tia! 
Márcia: Vão querer ir? - Ela falava, mas não tinha percebido que Fê estava no seu trigéssimo sono.

Bru: Opa, eu quero tia. Mas eu poderia chamar alguém? - Pisquei meus olhos várias vezes, igual uma criança pedindo doce, toda manhosa. 
Márcia: Claro, como quiser. - Ela riu da minha brincadeira. 
Bru: Que dia será? 
Márcia: Amanhã, meu bem.
Bru: Ok - eu sorri.
Márcia: Lipe e você?
Bru: Ele esta dormindo tia.
Marcia: Ah!

Nós continuamos assistindo TV e comentando sobre o que passava. O dia passou bem rápido, até que nossa conversa foi atrapalhada pelo toque do telefone, atendi, pois imaginei que fosse a Ju ou a Ana, talvez até alguma amiga da minha tia. 
Bru: Alô.
Bia: Oi, quem é?
Bru: Bruna, com quem você deseja falar?
Bia: Com o Felipe, priminha. - Puta que pariu, se ela soubesse o quanto odeio quando ela me chama assim, nunca mais falaria isso... 

Bru: Ele não está. - Respondi, enquanto olhava Felipe ainda dormindo. Minha vontade era de vomitar só de ouvir a voz de cachorra no cio dela, eu encerrei a chamada sem deixar que ela respondesse. 

Fê dormiu praticamente o dia todo, e pra mim, passou como num passe de mágica... Felipe acordou, percebeu minha presença na sala e se levantou, subiu sem falar comigo, tomou um banho rápido, colocou uma bermuda preta, desceu as escadas, estava sem camisa. Ai meu Deus! Enquanto ele ia na cozinha, resmungava com alguém do outro lado da linha. 
Felipe: Uma partida daqui a pouco, já é?
xxx: Ja é, cara.
Felipe: Beleza, Guto. Avisa os moleques e a gente se encontra na quadra de sempre. 

Guto: Tá bom, até mais, mané. 
-ligação finalizada-

Não avisei que a biscate da Bia tinha telefonado o procurando, pra mim, o Guro era estranho, nunca tinha visto ou ouvido falar nele. Felipe olhou no relógio, passou por mim novamente e saiu de casa. Que tortura. Mas superei, subi calmamente pra escolher uma roupa que chamasse a atenção de Diego. Entrei em meu quarto e fui direto até o guarda roupa. Revirei tudo em busca de algo maneiro, até que meu celular toca, o alcancei no último toque. 
Bru: Alô?! - Atendi meio ofegante devido a correria atrás do celular. 
Diego: Oi, minha linda! 
Bru: Ah, ou Di já está na hora? 
Diego: Não, não, só liguei pra ouvir sua voz. - Eu sorri envergonhada. 
Bru: Bobo. - Eu ri. - To escolhendo roupa.
Diego: Você fica linda de qualquer jeito.
Bru: Huum, hoje eu vou ficar mais linda ok?!- ele riu.
Diego: Tá bom, amor. Vou tomar um banho, até daqui a pouco. 
Bru: OK. Até, Di. 
-ligação finalizada-


Continuei procurando, até que achei um vestido super lindo; era decotado, em tom azul escuro e com detalhes em branco. Minha mãe tinha me dado no meu aniversário passado. Tomei um banho longo, coloquei o vestido, fiz uma maquiagem rápida e leve, sequei meus cabelos e os deixei solto, passei um pouco de perfume e pronto. 
Bru: É da pro gasto. - Disse enquanto me olhava no espelho e ajeitava a 'barra' do vestido. 

Desci as escadas, sem fazer barulho pra não acordar minha tia que cochilava no sofá, e então, fui até na cozinha e deixei um bilhete, onde escrevi: "Tia, deixei esse bilhete pois não queria te acordar, saí com o tal menino que te avisei, voltarei mais tarde. Beijos, Bru." Deixei o o papel pendurado na geladeira e sai de casa, estava sentada numa das cadeiras da varanda, do outro lado da rua estava Fê com alguns amigos, um amigo dele o avisou que eu estava lá e ele se virou para me ver, abri um sorriso com a cara de bobão dele. Não liguei, queria mesmo que ele me visse, queria que ele soubesse que eu não sou dele, assim como ele não é meu. 
Pendurei na geladeira e sai na porta, esperando o Di do outro lado da rua, estava o Fê com uns amigos, um menino falou com ele e ele virou pra me ver eu só vi a cara dele de bobão babando.
Guto: Porra, é essa a sua tal prima? Ela é muito gostosa! Se fosse eu, já teria traçado. - Disse enquanto observava as curvas do meu corpo destacados pelo vestido escuro que eu usava.


Felipe: Cala a boca, Guto! - Ele me olhava sério, e então veio caminhando em minha direção, até que um dos meninos gritaram. 

Xxx: É isso aí, parceiro! - E riram. 

Felipe: Aonde é que você vai vestida assim, Bruna? 

Bru: Algum lugar, priminho. - Pisquei enquanto sorria ao ver a cara dele. 
Antes de Fê responder, Di dobra a esquina e veio caminhando em minha direção. Felipe acompanhou meu olhar e viu Diego. 

Felipe: Mano, você está assim, toda gostosa, pra ele? - Ele me olhou, emburrado. 
Bru: Ué, e pra quem mais seria? - Eu o olhei e arqueei uma de minhas sobrancelhas, na espera de uma resposta. 
Felipe: Pra mim. - Ele disse baixo, mas eu consegui o ouvir. Felipe acariciou meu rosto com a ponta dos dedos. Juro, eu queria agarrá-lo ali mesmo, mas não iria dar esse gosto de vitória à ele, manti minha postura de durona e sai por debaixo dos braços dele e fui de encontro ao Di, me aproximei e dei um beijo demorado nele, pra que todos tivessem a oportunidade de olhar, Felipe me fuzilou com os olhos, e principalmente, um olhar matador para Diego, e que pra provocar ainda mais, piscou para Fê e apertou minha cintura. 

Xxx: Uhhh, depois dessa hein, garanhão. Acho melhor nós irmos jogar bola. 

Felipe saiu de lá bufando e pisando forte, atravessou a rua, pegou a bola de uma das mãos dos meninos e vou caminhando até a quadra, teve que ouvir seus amigos o zoando o caminho todo pela cena que presenciaram. 

Eu e Diego fomos caminhando também. Diego adorava provocar o Fê, e depois que nós começamos a ficar, a amizade deles já tinha se transformado em ódio. Eu até me sentia culpada por ser sido pivó dessa richa toda, mas não tem como desfazer o que já foi feito. 
Fomos dar um rolê no shopping, e eu estava morrendo de vontade de comer pipoca, até que fui cara de pau o suficiente em pedir pro Diego. 
Bru: Di, eu quero comer pipoca. - Fiz beicinho.
Diego: Hum, não quer outra coisa? - Ele riu. E fomos caminhando em direção à barraca de doces e pipocas.

Compramos pipoca e alguns doces para comermos depois, sentados num banco que tinha na praça de alimentação, ele brincava com os meus cabelos enquanto eu comia a pipoca, e então, ele me olhou, acariciou a parte interna de minha coxa e me beijou. Ficamos um tempo ali, numa pegação discreta, pois estávamos em um lugar público. Depois, resolvi ir pra casa. 
Bru: Vamos pra casa?
Diego: Ah, já amor?
Bru: Lá a gente vê um filme, amor. 
Diego: Hum. Ok vamos.

Nos levantamos e fomos pra casa, durante todo o percursso do caminho, Di me agarrava. Entramos em casa e minha tia estava subindo as escadas pro andar de cima, e Fê estava na cozinha comendo algo e eu não poderia perder aquela oportunidade de que ele poderia ouvir, então falei. 
Bru: TIIIIIIIIA. - Ela parou
Márcia: Sim?
Bru: Di pode Dormir aqui hoje? Já que amanhã ele vai junto conosco pra praia. - Desviei meu olhar meu olhar para Felipe rapidamente, e logo olhei para minha tia quando encontrei o olhar dele sobre mim e minha mão na de Diego. 
Ela já conhecia Diego, seu filho e ele eram melhores amigos, e minha tia nem imaginava que eles estavam a ponto de ser inimigos um do outro. Ela me olhou pensativa, e eu tremi esperando o "não" sair da boca dela, mas se ela disse sim, seria minha oportunidade de sair por cima desse joguinho. E então, finalmente ela abriu a boca.


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